Quer fugir daquele tipo de viagem que desperta apenas o consumismo desenfreado e mergulhar de cabeça onde o mundo fez história? E ainda, de quebra, acender o fogo da paixão? Isso não quer dizer que a Louis Vuitton e o aroma dos perfumes não aticem quem circula por lá, mas, com certeza, a história grita mais alto. Então, que tal dar um pulinho à França? Berço do Iluminismo. Ela influenciou o mundo inteiro com valores de liberdade, igualdade e laicidade no decorrer do século XVII - “Século das Luzes”. Cultura, arte, arquitetura e marcas do passado estão preservadas tanto na frenética capital, Paris, como nas românticas cidades do interior. Obras renascentistas, arte barroca, estilo gótico e rococó convivem pacificamente com o modernismo. Pelas ruas o cheirinho tentador das boulangeries e patisseries convida ao deleite. É uma festa para a mente, para o coração e para os sentidos. Vinhos, castelos, camembert, revoluções, baguetes, croissants, museus, cafés e não para por aí. Ah! Vai um croque-monsieur com uma taça de “champagne”? Santé!
PARIS, CIDADE LUZ
Romântica, madura, elegante e sempre surpreendente. É impossível ficar indiferente aos apelos da capital francesa. Debruçada às margens do Rio Sena, Paris é a cidade mais visitada do mundo! Para entender e dominar a cidade é preciso prestar atenção às referências que o Sena define. Margem direita ou Rive Droite abriga o elegante bairro de Champs-Elysées, Madeleine, Marais, Chatelet-Lês Halles e Palais Royal.
Na intelectual margem esquerda ou Rive Gauche é onde ficam alguns dos bairros históricos mais conhecidos, como Saint-Germain, Invalides e Quartier Latin. Com essa perspectiva fica fácil se achar pela cidade e encontrar as principais atrações: Museu do Louvre, Torre Eiffel, Pompidou, Notre-Dame, Basílica de Sacre-Coeur, Museu D’Orsey, Opera, Moulin Rouge, Arco do Triunfo... Além disso, se a intenção é entrar em sintonia de cara com os franceses é preciso se esforçar para falar francês. Assim, tudo ficará mais fácil. Então, vamos por partes. A primeira imagem que vem a cabeça de quem pensa em Paris é a Torre Eiffel. Símbolo supremo da cidade. Ela foi construída por Gustave Eiffel para a Exposição Universal de 1889, período em que a Revolução Industrial estava em ebulição. Escandalizou os críticos contemporâneos, o que prova que nem sempre a crítica tem razão. Foi projetada para comemorar o centenário da Revolução Francesa e seria desmontada pouco tempo depois, mas o sucesso foi tão grande que ela nunca mais saiu de lá. A torre tem três níveis. O primeiro, com apenas 57 metros de altura, pode ser alcançado pela escada de 360 degraus, pois as filas são sempre enormes para se tomar o elevador. No segundo nível é onde fica o Restaurante Julio Verne, um dos melhores de Paris tanto pela comida como pela vista. Indo de escada são 700 degraus, portanto o elevador é mais prático. O terceiro nível tem 274 metros de altura, só pode ser alcançado de elevador e têm limitação para o número de visitantes, no máximo 800 pessoas de cada vez. A altura total da torre é de 320 metros e se manteve como o edifício mais alto do mundo até 1931, ano em que foi inaugurado o Empire State Building de Nova York. Mesmo que a paciência seja curta para esperar na fila do elevador, pela menos uma foto deve ser levada como prova de que a Cidade Luz foi visitada.
Torre Eiffel à luz do dia, linda de perto ou de longe.
Bem em frente à torre, em uma pequena colina que fica do outro lado do rio, ficam o Palais de Chaillot e o Jardin du Trocadéro. Foram construídos para a Exposição Universal de 1937. O palácio aloja quatro museus em suas alas em colunatas, um teatro e um cinema. Já, os jardins franceses são impecáveis. Continuando a caminhada chega-se ao Arco do Triunfo. O monumento foi construído por ordem de Napoleão para celebrar suas vitórias. Fica bem no centro de uma pequena praça redonda chamada de Place de l’Etoile. Tem 50 metros de altura e o acesso é fácil. Lá de cima, o visual é lindo. Doze avenidas foram projetadas por Georges-Eugène Haussmann em forma de estrela, a partir do arco, para substituir as ruas apertadas e insalubres da cidade medieval, segundo Napoleão. O novo plano redesenhou a cidade num padrão geométrico interessante com ruas largas e ventiladas. A Avenue Champs-Elysées é a principal rua que parte do arco e a mais badalada da região, mas já foi um pântano. É um bom lugar para se tomar um café, escolher um restaurante ou bisbilhotar os ousados protótipos futuristas de veículos de todas as marcas nas vitrines das lojas.
Ao fundo, o Arco do Triunfo.
Andando sempre pela Avenida Champs-Elysées em direção ao Louvre, várias maravilhas arquitetônicas brindam o trajeto. O Petit Palais funciona como um museu e também foi construído para abrigar uma Exposição Universal, a de 1900. Em frente fica o Grand Palais com uma imponente fachada clássica feita em pedra, um magnífico telhado de vidro, estátuas de bronze e muito ferro trabalhado ao estilo Art Nouveau. Foi construído ao mesmo tempo em que o Petit Palais.
O telhado de vidro do Grand Palais é uma obra-prima.
Também por ali fica o Palais de l’Elysées que é cercado por um belíssimo jardim. Foi construído em 1718 e tem sido a residência oficial do presidente da República desde 1873. Ainda nesse trajeto fica a Place de la Concorde, uma das praças mais suntuosas e históricas da Europa. Inicialmente era chamada de Praça Luis XV quando o rei mandou que sua estátua equestre fosse colocada em lugar de destaque. O monumento durou menos de 20 anos e foi substituída por uma guilhotina, chamada de Viúva Negra. O nome da praça mudou para Praça da Revolução e Luis XV foi decapitado ali, em 1793, seguido por mais de mil outras vítimas. Com otimismo, ao acabar a revolução a praça foi denominada de Praça da Concórdia.
Ao lado da praça ficam duas mansões neoclássicas: o Hôtel de la Marine e o imperdível Hôtel Crillon. Também fica perto a Igreja de Ste-Marie de la Madaleine que foi construída por Napoleão em estilo greco-romano e mais parece um imenso templo da Grécia Antiga do que igreja católica. Tem 52 colunas coríntias de 20 metros de altura e nenhuma cruz no alto. Atrás dela fica o Fauchon, loja com produtos alimentícios de primeira qualidade com apresentação impecável que é como um parque de diversões para quem adora gastronomia. Merece uma visita, especialmente, de quem gosta de comer com requinte e com os olhos.
No final do dia um tom dourado embeleza ainda mais os prédios da Rue do Rivoli (rua que passa ao lado da Place de la Concorde).
Depois dessa paradinha e de um pequeno descanso é hora de seguir andando pelo Jardin de las Tullerias que se estende da Place de la Concorde até a Place du Carroussel. É um dos espaços abertos mais procurados de Paris. No verão muita gente senta por ali para tomar sol. O Musée de l’Orangerie fica numa esquina do Jardin de las Tullerias e é muito gracioso. Esteve fechado, em manutenção por um bom tempo, mas, felizmente, já abriu suas portas aos amantes de Monet, especialmente. Parte da série de ninféias, as pinturas do auge da carreira de Monet encontram-se em dois salões ovais no andar térreo. A sensação é de que você está dentro dos quadros, pois as telas são gigantescas e fixadas em paredes arredondadas. Um show. Também tem telas de Renoir, Cézannes, Picasso e vários outros pintores de destaque.
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Fonte: Viajar Pelo Mundo
Acesso dia 27/01/2012 - http://www.viajarpelomundo.com/2009/04/bienvenue-franca.html
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